
Augusto Rossini, ex-diretor do Depen, voltará ao
Ministério Público (Foto: Valter Campanato/ABr)
O diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Augusto Rossini, que coordenava há três anos o sistema prisional brasileiro – incluindo as penitenciárias federais onde estão os presos mais perigosos do país –, pediu para deixar o cargo.
O sucessor de Rossini já foi nomeado pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. O novo diretor do Depen será o 1° Subdefensor Público-Geral do Estado de São Paulo, Renato Campos Pinto De Vitto. A Defensoria Pública paulista diz, porém, que o afastamento de De Vitto ainda precisa ser aprovado pelo conselho do órgão.
Rossini, que é promotor e estava no cargo desde janeiro de 2011, em Brasília, decidiu voltar a trabalhar no Ministério Público de São Paulo (MP-SP) após sua casa, na capital paulista, ter sido furtada durante o carnaval. No período que esteve à frente do Depen, ele deixou a família em São Paulo.
No furto, foram levados joias e pertences da família, como aparelhos eletrônicos, laptops e roupas. Alguns dos ladrões foram identificados com a ajuda de câmeras de segurança e, então, presos. Eles eram egressos do sistema penitenciário e cumpriam pena em regime aberto.
Informações iniciais indicam que o furto não teve relação com o cargo que Rossini ocupava no governo federal.
"Optei por retornar para tomar conta da minha família. Foi uma situação traumática", afirmou o ex-diretor do Depen ao G1.
A nomeação de De Vitto foi publicada no "Diário Oficial da União" de 30 de abril, mas, segundo a assessoria do Ministério da Justiça, ele ainda não assumiu a função. A pasta também confirmou a saída de Rossini. Interinamente, responde pelo departamento o diretor de Políticas Penitenciárias do ministério, Luiz Fabrício Vieira Neto.
Em abril de 2013, outro defensor público de São Paulo, Vitore André Zílio Maximiano, foi escolhido pelo Ministério da Justiça – para ser titular da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad).


