Conheça os Agentes Federais do Poder Judiciário da União que arriscam a vida para proteger os Juizes Federais ameaçados de morte

(06/03/2017)

O programa televisivo Câmera Record exibiu em uma reportagem exclusiva a rotina e o treinamento dos seguranças do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (SP), que arriscam a vida para proteger juíze s ameaçados de morte. A matéria, exibida na última quinta-feira (2), mostra o esquema de segurança implantado no TRT paulista, por onde passam cerca de 20 mil pessoas por dia.

Considerado um dos mais modernos em questões de segurança, o TRT paulista cumpre a Resolução 175/2016 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho, oferecendo cursos às equipes para garantir a ordem nos fóruns. O treinamento inclui técnicas de defesa pessoal, gerenciamento de crises, segurança corporativa e estratégica com prevenção de ilícitos, proteção de autoridades, além de aulas de armamento e tiro, primeiros socorros e direção defensiva, operacional e evasiva.

Excelência

O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (RJ) também merece destaque quando o assunto é segurança de magistrados. Os agentes de seguranças realizam cursos em parceria com a Base Aérea do Galeão da Força Aérea Brasileira focados em controle de distúrbio civil e segurança de dignitários e são constantemente requisitados para atender demandas de segurança dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Resolução 175/2016

A Resolução dispõe sobre a segurança institucional no âmbito da Justiça do Trabalho e visa padronizar as normas a nível nacional, adequando as instalações e equipamentos dos TRTs, com o objetivo de diminuir vulnerabilidades do Judiciário Trabalhista.

Entre as medidas, que devem ser adequadas no prazo de até dois anos pelos TRTs, está a instalação de sistema de segurança eletrônico, circuito fechado de televisão, monitoramento das salas de audiência, bem como a instalação de aparelho detector de metais em todos os TRTs e o fornecimento de coletes à prova de balas e equipamentos de proteção individual compatíveis com o grau de risco existente aos servidores que atuam na área.

A regulamentação levou em consideração o diagnóstico da Segurança Institucional do Poder Judiciário realizado pelo Comitê Gestor do Sistema Nacional de Segurança do Poder Judiciário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que define as diretrizes, protocolos e rotinas para a modernização e evolução qualitativa das atividades de segurança e inteligência no Judiciário. A resolução também considera a necessidade de uma política uniforme de segurança institucional, orgânica e da informação na Justiça do Trabalho, dentre outros.

Juiz Bruno e os agentes de segurança Luciano e Bruno na abertura do evento

Agentes de segurança do TRT-MA participam da capacitação anual

Promovido pela Escola Judicial (EJUD) do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), o Curso de Reciclagem Anual dos Agentes de Segurança da Justiça do Trabalho no Maranhão foi iniciado na manhã desta segunda-feira (12/12), no Auditório Professora Maria da Graça Jorge Martins, da EJud16. Ministrado pelos agentes federais judiciários  do Rio de Janeiro Luciano Lustosa Barreto e Bruno Dieter Wille, o curso tem uma carga horária de 36 horas e integra o Programa de Reciclagem Anual para Agentes de Segurança Judiciária da EJUd16, que tem como diretor o desembargador Gerson de Oliveira Costa Filho.

O evento foi aberto pelo juiz auxiliar da Presidência, Bruno de Carvalho Motejunas, que, na oportunidade, representou o presidente do TRT-MA, desembargador James Magno Araújo Farias. Segundo Bruno, o presidente pediu para renovar o compromisso da administração com a melhoria da segurança do tribunal. "E para ter a melhoria da segurança é essencial a capacitação dos agentes de segurança, porque não há como falar em segurança institucional sem termos um quadro de segurança capacitado, motivado e valorizado", observou.

Para Luciano Lustosa, com formação na área de Gestão de Segurança, a proposta do treinamento é agregar a parte teórica com a prática. Na parte teórica, o conteúdo vai tratar da legislação aplicada, orientação comportamental, parte de segurança nos atos judiciais, postura, formação de equipe; e a parte prática é a de defesa pessoal. Luciano também disse que vai inserir análise de casos, de situações diárias, a fim de  mostrar a postura dos agentes diante das ocorrências, para que se possa saber, acima de tudo, "juntar a teoria com a prática, no exercício da função para a garantia dos atos judiciais, que é função primordial do agente de segurança", afirmou.

A parte prática, reservada para quarta e quinta-feira (14 e 15/12), vai ser ministrada pelo agente Bruno Wille, graduado e pós-graduado na área de segurança. Willie vai tratar de defesa pessoal e os agentes terão noções de técnicas de prevenção, verbalização e abordagem, artes marciais, técnicas básicas de ação e reação, uso seletivo da força, imobilizações táticas, entre outras técnicas. Para ele, o treinamento ajuda o agente de segurança a desenvolver suas atividades, mas acredita que seria melhor que fosse realizado mais vezes. "Até porque na parte de defesa pessoal quanto mais você pratica, melhor fica preparado. O treinamento é uma das etapas de preparação, porém o agente precisa continuar treinando, praticando, para adquirir excelência no exercício de suas atividades", afirmou.

Curso - até quinta-feira (15/12), a capacitação ocorre de 8h às 12h e das 13h30 às 17h30. O encerramento será na nesta sexta-feira (16), com a realização do Teste de Aptidão Física (TAF), no Comando da Polícia Militar, no horário das 8h às 12h. O teste será acompanhado por uma equipe de profissionais da Seção de Saúde.