Coréia do Norte acaba de lançar bomba-dia 28 de agosto

28-08-2017 19:13

 

Coreia do Norte dispara novo míssil, diz imprensa japonesa

Mais cedo, Coreia do Sul anunciou que país poderia estar preparando sexto teste nuclear

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Testes com mísseis balísticos da Coreia do Norte elevaram as tensões na região - AP

TÓQUIO — A Coreia do Norte disparou um novo míssil não identificado nesta segunda-feira que sobrevoou o Norte do Japão, segundo a emissora de TV japonesa NHK e a agência de notícias sul-coreana Yonhap. A informação foi confirmada pelo Exército sul-coreano e japonês. O projetil não identificado foi lançado de Pyongyang às 05H57 (17H57 no horário de Brasília), segundo o Estado-Maior sul-coreano. Os militares japoneses não tentaram derrubar o míssil.

A NHK relatou que o míssil quebrou em três partes e caiu nas águas próximas de Hokkaido, a segunda maior ilha do arquipélago japonês. O sistema de alerta do governo J-Alert aconselhou as pessoas na área a tomar precauções, mas a NHK disse não haver sinais de danos. O Exército da Coreia do Sul afirmou que o projétil foi lançado da região de Sunan, próxima a capital norte-coreana, Pyongyang.

Mais cedo, a Coreia do Sul anunciou que país poderia estar preparando sexto teste nuclear na zona de testes subsolo de Punggye-ri. Após o lançamento do míssil, o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, disse que fará tudo o que puder para proteger o país.

— Faremos os maiores esforços para proteger a vida das pessoas — Abe disse a repórteres enquanto entrava em seu gabinete para um encontro de emergência.

A Coreia do Norte conduziu uma série de testes para desenvolver sua capacidade de lançar mísseis e recentemente ameaçou disparar projéteis em direção ao Oeste do Japão e ao território americano de Guam. O exército japonês está praticando a implantação de baterias anti-mísseis em três bases dos EUA no país.

A Coreia do Norte lançou três mísseis balísticos de curto alcance no mar na sexta-feira (sábado no horário local), de acordo com o Exército dos Estados Unidos após análise do que chamaram incialmente de "projetéis não identificados" que teriam sido disparados pelo regime norte-coreano, conforme informações anteriores do Ministério da Defesa da Coreia do Sul. Segundo os EUA, os mísseis falharam durante o voo ou explodiram quase imediatamente no lançamento, o que não impôs nenhum tipo de ameaça ao país ou à ilha de Guam, território americano no pacífico.

No início de agosto, a Coreia do Norte anunciou que conseguiu desenvolver uma ogiva nuclear para caber dentro de mísseis balísticos, o que soou como uma ameaça de ataques aos Estados Unidos e à Coreia do Sul. O anúncio desencadeou uma troca de ameaças entre Washington e Pyongyang e elevou as tensões diplomáticas. No entanto, o governo norte-coreano anunciou que esperaria um ação americana antes de ativar o plano elaborado para atacar a ilha de Guam, território americano no Pacífico, com quatro mísseis.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-Un, pediu uma maior produção de motores de foguete e de ogivas de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM), segundo disse na semana passada a mídia estatal de Pyongyang. Um comunicado da agência estatal norte-coreana sugere que o país estaria trabalhando num míssil mais poderoso e que utiliza combustível sólido. Pouco antes da informação, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, havia declarado em comício que sua retórica agressiva em relação à Coreia do Norte começou a dar frutos e que Kim Jong-Un começou a "respeitar" os Estados Unidos.

Ao contrário de foguetes com combustível líquido, os projéteis com combustível sólido não precisam ser abastecidos antes do lançamento, um processo que pode levar uma hora e torna o míssil mais vulnerável a um ataque preventivo. Os novos mísseis teriam, então, um disparo mais rápido e seriam mais fáceis de serem escondidos.