Judiciário critica PM e se diz a favor da diminuição de policiais nos gabinetes

27-08-2011 14:44

Judiciário critica PM e se diz a favor da diminuição de policiais nos gabinetes

por Gilca Cinara Assessoria


A morte do subtenente José Roque Carlos levantou várias questões sobre a estrutura administrativa da Polícia Militar de Alagoas. As discussões giram em torno do plano de ação de segurança do Estado. O presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Sebastião Costa Filho se posicionou favorável a diminuição do número de militares que fazem a segurança em órgãos públicos, durante uma coletiva, na tarde desta terça-feira (16).

O tema sendo vem discutido há mais de dois anos, quando o Conselho Estadual de Segurança sugeriu a extinção dos gabinetes militares nos Poderes Legislativo e Judiciário e ainda, no Ministério Público e Tribunal de Contas. Para o desembargador, Alagoas necessita de policiais nas ruas para conter a onda de violência, porém, segundo ele, o despreparo da tropa alagoana é visível, com soldados fora de forma e sem capacitação.

Com declarações ásperas, Sebastião Costa colocou que o Governo do Estado tem que realizar um concurso público na área da segurança e tomar medidas urgentes.

Ameaças ao Judiciário

Sebastião Costa Filho afirmou que aparentemente o crime, que ocorreu em frente à Escola Superior de Magistratura (Esmal), no Farol, tenha sido um fato isolado, mas que não se pode descartar qualquer indício, já que em Alagoas mais de quatro juízes e dois desembargadores estão ameaçados de morte.

A Esmal é visitada por juízes e desembargadores durante todos os dias para a participação em cursos ou palestras. No entanto, no momento do assassinato do subtenente nenhuma estavam no local.
De acordo com o presidente do TJ somente as investigações apontarão o real motivo do crime.

Crime

O subtenente Roque, da Polícia Militar de Alagoas foi atingido por vários disparos de arma de fogo, nas imediações da sede da Escola Superior da Magistratura (Esmal), no bairro do Farol, onde era lotado.

De acordo com informações, o subtenente saia do local, quando três homens, que estavam em um chevete, cor verde efetuaram os disparos contra o militar.

Um deles ainda desceu do veículo para concluir a execução. No entanto, o PM foi socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel (SAMU), mas morreu a caminho do Hospital Geral do Estado (HGE).

De acordo com ambulantes, um dos três atiradores consumia drogas nas imediações e já havia tido um desentendimento com o militar, que teria expulsado o rapaz do local.

Segundo informações, o subtenente costumava escoltar juízes e funcionários que saiam da Esmal durante a noite.

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